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sábado, 27 de março de 2010


UNIMONTES UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
CURSO: LICENCIATURA EM TEATRO
POLO: ESPINOSA-MG
ACADEMICA: IDALINA DANTAS LADEIA FERNANDES
MÓDULO: XII


Pierre Lévy (Tunísia, 1956) é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações entre a Internet e a sociedade. Ele relata como a tecnologia de comunicação contemporânea influencia a sociedade a uma “inteligência coletiva”.
“Inteligência coletiva é uma distribuída por toda a parte incessantemente valorizada coordenada em tempo real que resulta em uma mobilização efetiva das competências”.
Ninguém sabe tudo. O saber está expandido por toda a humanidade, portanto, a inteligência é distribuída por toda a parte. É necessário agora desenvolvê-la, empregá-la. Levar em conta o saber de cada pessoa, em que ela se ressalta, pois como dito anteriormente em outras palavras, ninguém é bom em tudo. Então deve-se valorizar a inteligência. Coordená-la em tempo real através da tecnologia de comunicação onde possa haver um debate de idéias, uma troca de experiências, uma transmissão do saber de uma pessoa para outra e assim sucessivamente. Atingir uma mobilização efetiva das competências, reconhecê-las e apontá-las para que haja um melhor desempenho coletivo, pois desvalorizar a inteligência do outro é alimentar seu ressentimento e frustração o que, muitas vezes, gera a violência. Entretanto, quando valorizamos a inteligência de outra pessoa contribuímos para seu melhor desempenho coletivo social.
Maria Lucia Santaella Braga (Catanduva, 13 de agosto de 1944) é uma pesquisadora brasileira e professora titular da PUC-SP com doutoramento em Teoria Literária na PUC-SP, em 1973, e livre-docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP, em 1993. É fundadora do "CS games", Grupo de Pesquisa em Games e Semiótica da PUC-SP, além de professora da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas EESP-FGV, nas áreas de Novas Tecnologias e Novas Gramáticas da Sonoridade, Relações entre o Verbal, Visual e Sonoro na Multimídia e Fundamentos Biocognitivos da Comunicação.
Ela aponta a diversidade de leitores existentes na nossa sociedade contemporânea, o leitor do livro, da imagem, sinais, rotas, palavras, textos, sons, entre outros. Em meio a tantos leitores existem três tipos cujos devemos ressaltar: o leitor contemplativo, o leitor movente e o imersivo.
O primeiro é o leitor contemplativo, meditativo, aquele que, a partir do século XII com a instauração do silencio nas bibliotecas, lia o livro apenas com o gesto do olho, tendo assim uma relação maior com as palavras, meditando naquilo que estava lendo. Leitura que gera uma intimidade entre leitor e livro, o manuseio, o espaço designado a essa leitura, enfim, leitura que exige concentração, que se pode ler e reler sem se preocupar com o tempo.
O segundo é o leitor movente, fragmentado. Este surgiu a partir da Revolução Industrial onde tudo se transformara em mercadoria. Onde era necessário meios de comunicação mais rápidos, pois os homens, principalmente aqueles que estavam no comando de negócios, precisavam tratar de tudo com uma certa urgência. A cidade foi se modernizando e com ela as pessoas. Surgiram telégrafos, telefones, jornais, a moda, a publicidade... Tudo passou a ser um espectro visual, um mundo de aparência que seduzia. Surgiu também a imagem usada para persuadir as pessoas em anúncios, cinemas, revistas, vitrines, etc. O cidadão perante esse cotidiano, essa troca de mercadorias, não conseguindo gravar tudo em sua mente, acabou fortalecendo sua memória com fotografias, cinema, e mais tarde, a TV.
O nosso leitor é então o leitor apto a esse mundo de imagens, setas, luzes... Um leitor de fragmentos, de memória curta, mas ágil.
E o terceiro, portanto ultimo, é o leitor imersivo do século XXI, era digital. Esse tem diante de si ao invés de livros, a tela de um computador onde não é necessário manusear é preciso apenas um simples clique de um mouse e ele terá disponível uma biblioteca virtual.
Entretanto, os leitores surgem de acordo as mudanças que ocorrem ao passar dos tempos, ao avanço humano em sua capacidade de criar novos meios que, de uma certa forma, exigem que nos tornemos aptos a eles.

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